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MISTURA PERIGOSA - Venda de medicamentos em supermercados e fim das bulas impressas colocam saúde da população em risco.

  • Foto do escritor: Alberto Danon
    Alberto Danon
  • 30 de mai.
  • 2 min de leitura

Movimento Exija Bula alerta para o avanço de decisões que desinformam, expõem o consumidor e favorecem a automedicação sem segurança



Brasília, 30 de maio de 2025. Duas decisões em curso no Brasil estão preocupando entidades ligadas à saúde, à cidadania e à segurança do consumidor: a proposta de liberar a venda de medicamentos isentos de prescrição em supermercados e o projeto-piloto da Anvisa que pretende eliminar as bulas impressas nas embalagens de remédios.


Separadas, essas medidas já seriam perigosas. Juntas, representam uma verdadeira bomba-relógio contra a saúde pública, segundo o advogado Alexandre de Morais, coordenador do Movimento Exija Bula. “Estamos caminhando para um cenário onde o consumidor compra o remédio entre a gôndola do refrigerante e a do sabão em pó, sem orientação técnica e, pior, sem acesso à bula. É uma combinação irresponsável”, alerta.


O movimento lembra que a consulta pública conduzida pela própria Anvisa teve 1.849 participantes, com cerca de 80% defendendo a manutenção da bula impressa. Além disso, pesquisa Datafolha revelou que 84% dos brasileiros consideram a bula física essencial e 66% têm dificuldade de acesso ou compreensão da versão digital. Sendo o número ainda maior entre idosos e pessoas com baixa inclusão digital.


A justificativa para a digitalização das bulas se apoia em três argumentos frágeis:

  • Custo: uma bula custa apenas de 4 a 6 centavos. Isso não impacta significativamente o preço do medicamento.

  • Sustentabilidade: o papel utilizado é de reflorestamento, sem prejuízo ambiental.

  • Acesso digital: 25% da população ainda tem acesso precário ou nenhum acesso à internet ou smartphones.

“A verdade é que as pessoas leem, consultam e guardam a bula física. Ela faz parte da experiência segura de uso do medicamento e é uma ponte direta entre o paciente e o cuidado com a própria saúde”, afirma Morais.


Venda em supermercado: mais automedicação, menos responsabilidade

A proposta de venda de medicamentos sem prescrição em supermercados é vista como populista e perigosa por especialistas. Embora pareça conveniente, facilita a automedicação sem critério, banaliza o consumo de substâncias que, mesmo isentas de prescrição, podem causar intoxicações, reações adversas, intoxicação cruzada e até mascarar doenças mais graves.


“Sem farmacêutico, sem bula impressa, sem informação clara! O consumidor é tratado como se soubesse exatamente o que está fazendo, quando na verdade está sendo induzido a comprar sem orientação”, diz Morais.


O Movimento Exija Bula alerta que decisões como essa ignoram o princípio básico do respeito ao consumidor: o direito à informação acessível, clara e segura. “É como vender um produto químico sem rótulo. O remédio pode parecer inofensivo, mas cada organismo reage de uma forma. E a única fonte confiável de orientação continua sendo a bula impressa”, completa.

“Modernizar é possível, mas sem excluir. A convivência entre o digital e o impresso é não apenas desejável, mas necessária. A saúde do consumidor e o direito à informação não podem ser descartados como se fossem sobras de um modelo ultrapassado”, conclui Morais.



Informações à Imprensa: ADCom Comunicação Empresarial 

Alberto Danon: alberto@adcompress.com.br / Fone/WhatsApp: (11) 99224-4401

Cibele Felix: cibele@adcompress.com.br / WhatsApp: (11) 99482-7425  

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EXIJA BULA

Em defesa da manutenção das bulas impressas para a saúde da população do Brasil.

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